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O QUE FAZER QUANDO A CRIANÇA COME MAL?

12/10/2017

Levando em conta que cada caso é um caso, as crianças, em geral, começam a recusar determinados alimentos no início da vida escolar, pois é uma fase em que elas experimentam uma maior autonomia com a qual elas ainda não sabem lidar direito.

Às vezes elas nem sabem bem o que estão sentindo e o auto controle das suas emoções ainda não está bem desenvolvido.

Assim, o momento da refeição acaba sendo usado como uma maneira de chamar a atenção, de testar seus limites, até aonde pode ir, mostrar sua capacidade de decidir por si e até mesmo negociar com os pais. Até aí, tudo bem, pesquisas e a experiência demonstram que isso acontece com a maioria das crianças. Elas estão em desenvolvimento e experimentando suas emoções, sentimentos e “poderes” consigo mesma e com o mundo.

Fazemos ressalva para aquelas crianças que reagem abrindo um berreiro, cuspindo no prato, e até mesmo vomitando. Atenção: isto é um alerta significativo para procurar um psicólogo, pois aí está embutido e expresso dificuldades emocionais e um pedido de socorro.

Sem medo de errar, lembrando que um não as vezes é de grande ajuda no desenvolvimento emocional dos nossos pequenos, há estratégias e recursos que são válidos para evitar que as refeições se tornem momentos para experimentar quem pode mais, quem manda tipo “come / não quero/ faz bem tem que comer só um pouquinho/não quero/ não gosto/ se não comer não tem televisão/ não me importo” e a mesa se torne um campo de batalha e a relação entre pais e filhos vire uma queda de braço.

Essa situação desagradável pode ser evitada procurando fazer com que as refeições sejam lúdicas e agradáveis.

Algumas dicas:

Evitar afobação de ter que comer rápido para sair, televisão ligada, celular por perto, ou tablet. Não. Nada disso.

Horários tranquilos, se possível com alguma música ou assunto do interesse das crianças para estabelecer um diálogo agradável e sentimentos prazerosos.

Variação e boa apresentação dos alimentos. Frutas podem vir embrulhadas para se adivinhar qual é e o que traz de bom para todos. Estimular a participação na hora das refeições, tipo ajudar a pôr a mesa e a escolher um cardápio colorido também faz bem.

Flexibilidade se a criança não quiser comer determinados alimentos, mas tentar negociar com outros.

Proibir que fiquem brincando com os talheres ou mexendo a comida no prato sem comer. Quem estiver fazendo isso para e paga prenda. Conta uma história, fala de um assunto qualquer ou inventa alguma coisa interessante para todos.

A menos que haja uma urgência, sair da mesa só quando todos acabarem de comer e irem escovar os dentes. Pode não parecer, mas emocionalmente é importante finalizar a refeição com uma atitude saudavelmente complementar.

Dá mais trabalho, mas também a costuma dar resultados satisfatórios

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