Será que o Facebook veio para ficar? E o Instagram? Ou, ainda, o Youtube? Pelo visto os canais sociais, em geral, são mutantes. O que não é mutante é a evidencia de que as redes sociais privilegiam a discussão técnica acima da reflexão ética e emocional.
Aproxima quem está longe e afasta quem está perto. O que, a rigor, é desastroso em termos psicológicos.
Fato consumado é que elas vieram para ficar. As escolhas chegaram. Se são Boas ou Não, sabemos que tudo depende de quem usa, para o que usa e como usa.
Mas o que surge como impactante e ponto importante para refletir respeito das redes sociais é a fala do Criador da Realidade Virtual Jaron Lenier Diz ele“, Evito as redes sociais pela mesma razão que evito as drogas’
Saiba quem é Jaron Lenier
Apontado como uma das vozes mais respeitadas do mundo tecnológico por uma reportagem da BBC, Jaron Lanier ajudou a criar o mundo digital que vivemos e cunhou o termo “realidade virtual”, nos anos 1980. Lanier, que acaba de lançar o livro The Dawn of the New Eveything (“O Despertar de Todas as Novas Coisas”), afirmou que evita as redes sociais.
Evito as redes pela mesma razão que evito as drogas – sinto que podem me fazer mal”, afirma. Ele, que nunca usou drogas, manifestou preocupação com efeito o “psicológico: do Facebook sobre os jovens.
“As pessoas mais velhas, que já têm vários amigos e perderam contato com eles, podem usar o Facebook para se reconectar com uma vida já vivida. Mas se você é um adolescente e está construindo relacionamentos pelo Facebook, você precisa fazer a sua vida funcionar de acordo com as categorias que o Facebook impõe. Você precisa estar num relacionamento ou solteiro, tem que clicar numa das alternativas apresentadas”, afirma.
“Isso de se conformar a um modelo digital limita as pessoas, limita sua habilidade de se inventar, de criar categorias que melhor se ajustem a você mesmo”, ressalta. Ele também critica Facebook, Google, Twitter e e outros sites que usam dados de usuários. “Existem dois tipos de informações: dados a que todas as pessoas têm acesso e dados a que as pessoas não têm acesso.
O segundo tipo é que é valioso, porque esses dados são usados para vender acesso a você. Vão para terceiros, para propaganda. E o problema é que você não sabe das suas próprias informações mais.”
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